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O manganês é um mineral essencial para o organismo humano, desempenhando múltiplas funções cruciais para a saúde. Ele exerce um papel fundamental no reforço da imunidade, na regulação dos níveis de glicose no sangue e na produção de energia celular. Além disso, o manganês é indispensável para processos vitais como reprodução, digestão, crescimento ósseo, coagulação sanguínea e proteção contra danos oxidativos. Descubra aqui quais são os alimentos mais ricos em manganês, as recomendações nutricionais, as funções exercidas no organismo e mais.

O papel do manganês no corpo

Os benefícios do manganês acontecem porque ele participa na formação de proteínas e enzimas importantes para o nosso corpo, como a arginase, glutamina sintetase, fosfoenolpiruvato descarboxilase, piruvato carboxilase e manganês superóxido dismutase. Essas proteínas e enzimas são essenciais para diversas funções do nosso organismo, como a produção de energia e proteção das células contra o estresse oxidativo.

Fontes de manganês e recomendações nutricionais

O DRI (Ingestão Dietética de Referência) estabelecido pelo Instituto de Medicina estabelece que a ingestão recomendada de manganês é de aproximadamente 2 mg/d para adultos e de 1,2-1,5 mg/d para crianças.

As fontes vegetais são mais ricas em manganês do que as animais. Os grãos integrais (como gérmen de trigo, aveia e farelo), arroz e nozes (como avelãs, amêndoas e nozes) são os alimentos que contêm as maiores quantidades desse mineral. Além disso, chocolate, chá, mexilhões, amêijoas, legumes, frutas, vegetais folhosos (como espinafre), sementes (como linhaça, gergelim, abóbora, girassol e pinhão) e especiarias (como pimenta em pó, cravo e açafrão) também são ricos nele.

Suplementos dietéticos e vitaminas também são fontes suplementares de manganês, alguns dos quais contêm ≤ 20 mg do mineral. Ele é tomado como suplemento para tratar várias condições, incluindo osteoartrite e osteoporose.

A concentração de manganês na água potável varia de acordo com o local, podendo situar-se entre 1 e 100 μg/L (mas pode exceder 200 μg/L em água de poço; veja “Toxicidade”).

Funções essenciais no organismo

O manganês é um nutriente muito importante para o corpo humano, pois, ajuda na formação dos ossos e no metabolismo de aminoácidos, colesterol e outras substâncias. Ele também regula a atividade de diversas enzimas, como a superóxido dismutase, que tem um papel antioxidante nas células do sistema nervoso. No entanto, o mineral pode ter efeitos negativos quando se apresenta em diferentes estados de valência, podendo formar radicais livres que são prejudiciais para o corpo.

Ele também é importante para a função de algumas proteínas, como a superóxido dismutase e a arginase, que estão envolvidas na síntese de ácidos graxos e na regulação de neurotransmissores. A falta de manganês pode ser compensada em alguns casos pelo magnésio, mas há algumas enzimas que dependem especificamente do manganês.

Além disso, o manganês pode ter um efeito antioxidante, principalmente por meio da superóxido dismutase, mas também pode ajudar na regulação da glicose e na potencialização da ação da insulina. No entanto, ainda há muitos estudos a serem feitos para entender melhor como o manganês age no corpo humano.

Distúrbios causados pela deficiência

A carência de manganês é muito rara na alimentação, já que esse elemento químico está presente em diversas fontes de alimentos. Mas se a ingestão desse mineral for insuficiente, pode haver consequências negativas como diminuição do crescimento, problemas na formação óssea e anomalias no esqueleto, dificuldade de tolerância à glicose e alterações no metabolismo de gorduras e carboidratos.

Homens que participaram de estudos e experimentaram deficiência desse mineral apresentaram erupções cutâneas e níveis de colesterol baixos. Em outras pesquisas, níveis reduzidos estavam associados a um aumento na remodelação óssea, o que pode resultar em problemas de saúde.

Além disso, a carência de manganês também pode impactar a saúde reprodutiva e o desenvolvimento. Mulheres que consomem menos de 1 mg de Mn/dia relataram mudanças de humor e mais dor durante a fase pré-menstrual. Bebês de mães com baixos níveis de manganês no sangue também nasceram com menos peso do que a média. Crianças com baixos níveis de manganês no sangue (<8,154 μg/L) tiveram pior desempenho em testes cognitivos que avaliam a flexibilidade e velocidade de pensamento.

Toxicidade: os efeitos adversos do manganês

Nosso organismo precisa de manganês em pequenas quantidades, logo, ingerir uma quantidade elevada pode ser tóxico. O nível máximo tolerável de ingestão é de 9 a 11 mg/d para adultos e 2 a 6 mg de Mn/d para crianças, variando com a idade. Contudo, a toxicidade através da ingestão de alimentos é rara, uma vez que nosso corpo regula eficientemente a absorção desse mineral pelo intestino.

Excesso de manganês no ambiente: compreendendo os riscos

A maior preocupação em relação ao manganês é a exposição ambiental, seja através do ar ou da água. As principais fontes de exposição ao mineral pelo ar são as emissões do escapamento dos carros e as exposições ocupacionais, como soldadores e trabalhadores em indústrias de baterias e ferroligas.

A contaminação da água é mais comum em áreas onde o solo apresenta altas concentrações de manganês. Essa contaminação pode impactar a capacidade de aprendizado em crianças que consomem água não tratada de poços subterrâneos contaminados.

Para evitar a exposição ao mineral pela água, é importante filtrar o líquido antes do consumo. Já para prevenir a exposição pelo ar, é importante evitar áreas com alto tráfego de carros e usar equipamentos de proteção adequados em ambientes de trabalho.

Pesquisas recentes sobre os impactos do manganês no sistema nervoso

Atualmente, as pesquisas se concentram nos mecanismos de neurotoxicidade do manganês, ou seja, como esse mineral pode afetar o sistema nervoso.

No cérebro, o manganês é transportado por meio de um mecanismo que envolve a transferrina, envolvendo componentes críticos para o transporte normal de ferro: transferrina, receptor de transferrina e transportador de metal bivalente. Dentre os transportadores envolvidos, estão o ZIP-8, ZIP-14, ATP13A2, SPCA1 e SPCA2.

Em ocupações que envolvem a exposição ao manganês, como soldagem e trabalho em indústrias de ferroligas, é importante identificar biomarcadores que possam minimizar os efeitos tóxicos.

Embora não sejam perfeitas, as concentrações de manganês no sangue são utilizadas para estimar os níveis do mineral no cérebro, mas essa correlação é válida apenas em exposições recentes.

Algumas doenças, como o manganismo familiar e a doença de Parkinson, têm sido associadas a problemas com o transporte de manganês no cérebro.

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