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O aumento das responsabilidades, de horas trabalhadas e o estresse do mercado profissional aumentou o risco de pessoas desenvolverem problemas relacionados à saúde mental, incluindo a Síndrome de Burnout.  

O cansaço no fim de um dia de trabalho é natural, mas quando se torna rotina, precisamos ficar atentos aos sintomas ou até preveni-los com uma alimentação saudável. Quer saber como? A resposta está aqui.  

O que é burnout?  

Burnout não é apenas um cansaço, mas um esgotamento total das capacidades intelectuais de uma pessoa. De acordo com a International Classification of Diseases, a Síndrome de Burnout é classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um distúrbio ocupacional resultante do stress crônico e precisa se tornar mais relevante para nossa sociedade para que possamos tratá-la com mais eficácia.  

Origem do termo  

Ao contrário do que muitos pensam, o termo burnout não é de agora. Ele foi usado pela primeira vez por Freudenberger, psicólogo alemão, em 1974 no seu estudo “Staff Burn-Out”. Anos mais tarde, o burnout foi definido por Christina Maslach, também psicóloga, como uma condição caracterizada por alterações de humor (por exemplo, sintomas depressivos, ansiedade, stress e distúrbios do sono) que também estão presentes em doenças mentais já diagnosticadas como a depressão e a ansiedade. Mas não para por aí.  

Os sintomas do Burnout podem ser divididos em três dimensões:

  1. Exaustão
  2. Despersonalização
  3. Ineficácia profissional

O assunto é tão sério que, de acordo com a ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), 3 em cada 10 trabalhadores sofrem com essa condição e nem todos têm seu diagnóstico. Para mudar esse cenário, precisamos de mais médicos especializados em uma medicina integrativa que olhe para o paciente em todos os seus aspectos – incluindo estratégias de otimização da saúde e performance mental.  

Síndrome de Burnout e Alimentação: como a nutrição pode auxiliar? 

Com o cenário da pandemia da COVID-19, houve uma crescente incidência e prevalência de casos de indivíduos com burnout como já te contamos aqui em cima. Pensando nisso, estudos sobre comportamento alimentar e a entrega de nutrientes começaram a surgir e entendemos que intervenções nutricionais poderiam fazer parte da prevenção e do tratamento auxiliar para a redução dos sintomas do Burnout.  

Afinal, se a síndrome de burnout está diretamente relacionada a quadros depressivos, o padrão alimentar recomendado para benefícios nessa condição pode auxiliar (e muito) nos tratamentos. Dessa forma, uma alimentação saudável com potencial anti-inflamatório é a estratégia mais aconselhável nesse contexto de acordo com estudos sobre inflamação sistêmica de baixo grau.  

Padrão inflamatório  

Foi identificado nesses estudos a razão ômega 6/ômega 3 que se apresentou significativamente alta em indivíduos com depressão, além de maiores níveis de fatores de necrose tumoral (TNF-alfa) e interleucina 6 (IL-6) – condições que confirmam o papel inflamatório dos quadros depressivos.   

Microbiota intestinal  

Você sabe como cuidar da saúde da sua microbiota? É a partir de uma avaliação e, consequentemente, da adequação do aporte de vitaminas e minerais do seu organismo que será possível entender como sua saúde cognitiva pode alcançar a melhor performance para suprir a demanda do metabolismo energético cerebral. 

A ligação do intestino e o sistema nervoso central, através do eixo intestino-cérebro, proporciona a comunicação dos centros emocionais e cognitivos do cérebro com as funções intestinais periféricas. Afinal, é a partir da microbiota que regulamos os nutrientes ingeridos, regulamos a produção de diversos neurotransmissores e mediamos vias inflamatórias importantes.  

Comer Emocional  

Todos esses fatores podem sofrer grande influência e até mesmo serem consequência do comportamento alimentar pelo burnout já que o comer emocional é frequentemente definido como comer de forma excessiva em resposta a afetos negativos

Portanto, grandes aliados no tratamento dessa síndrome é o aconselhamento nutricional, terapia cognitiva comportamental e a psiquiatria nutricional.   

Alimentos saudáveis ajudam (e muito)  

Sendo assim, uma alimentação equilibrada com alimentos saudáveis e ricos em nutrientes é fundamental para que os transtornos psiquiátricos possam ser evitados.  

De acordo com as Recomendações Nórdicas de Nutrição, os alimentos classificados como saudáveis que devem ser investidos na alimentação são as oleaginosas, lácteos com baixo teor de gordura, leguminosas, legumes e verduras, cereais integrais, peixes, ovos e carnes brancas.  

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