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A psoríase é uma doença autoimune crônica inflamatória hiperproliferativa imunomediada (Th1) que acomete cerca de 2% da população, afetando igualmente homens e mulheres. Caracteriza-se por apresentar lesões elevadas na pele, podendo ser avermelhadas, secas ou escamas prateadas e podendo aparecer em diversas partes do corpo, como por exemplo: cotovelos, joelhos, pés, couro cabeludo, entre outras.  

O tratamento é determinado tanto pela extensão, quanto gravidade dos sintomas. Dentre os tratamentos médicos utilizados estão os cremes tópicos, medicamentos orais ou injetáveis (como imunosupressores) e fototerapia. Os tratamentos tópicos são utilizados em casos mais leves e, caso não haja resposta ou o caso seja mais grave, as opções de imunossupressores e/ou fototerapia devem ser levadas em consideração.  

Psoríase e a Associação Com Doenças

Um cenário muito comum é a associação a algumas doenças como artrite psoriásica, doença de Crohn, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica, depressão e outras. Entretanto, apesar da comum relação, não se sabe exatamente sua etiologia, mas acredita-se que tenha envolvimento de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Além disso, muitas vezes a psoríase é associada à baixa autoestima e aumento da prevalência de transtornos do humor, incluindo depressão, sendo a prevalência de depressão em pacientes com psoríase de aproximadamente 24,5%, exercendo um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. 

Dessa forma, até suplementos dietéticos vêm sendo cada vez mais estudados com o intuito de auxiliar no tratamento, sendo um deles a vitamina D. Esta, por sua vez, é amplamente conhecida, especialmente por causa dos mais variados efeitos protetores que proporciona ao organismo, principalmente seu impacto positivo em doenças autoimunes.  

Vitamina D e a Psoríase

Existem evidências que apontam efeitos da vitamina D nas células Th17, as quais são responsáveis por produzir interleucina 17 (IL-17A e F) e exercem papel importante no combate a certos patógenos, mas são pró inflamatórias. Estudos demonstram que a vitamina D ativa (1,25-OH2-D) reduz a expressão de IL-17, dessa forma é possível que a vitamina D exerça seu efeito em doenças inflamatórias e autoimunes através da regulação de células Th17. Além disso, a vitamina D exerce estímulo da produção de moléculas que bloqueiam a formação de complexos inflamatórios no epitélio, sendo o DNA no citosol de queratinócitos cultivados responsáveis por ativar os complexos imunes como os inflamassomas que possuem uma proteína AIM2. Nesse caso, elevados níveis desse DNA e AIM2 são achados nos queratinócitos de pacientes com psoríase. 

Análogos da vitamina D tópicos (calcipotriol), sendo associados ou não a corticosteroides, já são amplamente utilizados na terapêutica da psoríase em placas devido a seu efeito na inibição da proliferação e diferenciação de queratinócitos.  

Considerações finais 

Os resultados de grande parte dos estudos demonstram que os níveis de vitamina D são mais baixos em pacientes com psoríase comparados com pessoas sem a doença, sendo essa associação com a psoríase e sua gravidade é um tema amplamente discutido na literatura científica desde a década de 80, relatando os benefícios vistos tanto pelo uso tópico quanto oral dessa vitamina.  

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