Por Carla Nogueira
Jornalista – MTb 41.101/SP
O mês de janeiro é marcado pelo Janeiro Branco, uma campanha internacional de conscientização sobre a importância da saúde mental. O objetivo da campanha é promover a discussão sobre o tema e incentivar as pessoas a cuidarem de sua saúde mental.
Em um mundo onde a saúde mental precisa cada vez mais de atenção, a relação entre o que colocamos em nossos pratos e nosso bem-estar psicológico ganha uma importância significativa.
Dentro desse tema, em artigos anteriores, falamos sobre a conduta nutricional para pacientes com transtorno bipolar e como promover a saúde mental através da psiquiatria nutricional e do estilo de vida. Agora, vamos abordar como a alimentação impacta na prevenção e no tratamento de doenças mentais: insights da neuropsiconutrição.
Saúde mental no Brasil: desafios e oportunidades
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, aproximadamente 264 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com algum transtorno mental. No Brasil, esse número atinge a marca de 18,5 milhões de pessoas, evidenciando a relevância crescente do cuidado com a saúde mental.
Entre os transtornos mais prevalentes no país estão a ansiedade, afetando 9,3 milhões de brasileiros, seguida pela depressão, que atinge 5,8 milhões. O transtorno bipolar e a esquizofrenia também afetam significativamente a população, com 1,5 milhão e 2,5 milhões de casos, respectivamente.
A neuropsiconutrição surge como aliada no tratamento dessas condições.
Como a neuropsiconutrição auxilia no tratamento de doenças mentais
A neuropsiconutrição é uma área interdisciplinar que combina conhecimentos de nutrição, psicologia e neurociência, buscando compreender a relação entre a alimentação e o funcionamento do sistema nervoso, incluindo aspectos cognitivos e emocionais.
Ela é utilizada na prevenção e no auxílio do tratamento de doenças mentais por meio de protocolos nutricionais personalizados, que visam corrigir deficiências nutricionais, melhorar a função cognitiva e reduzir os sintomas dos transtornos mentais.
Abordagem integrativa na saúde mental
A abordagem integrativa na saúde mental combina aspectos da neuropsiconutrição com outros tratamentos para doenças mentais, como a psicoterapia e a farmacoterapia. A abordagem integrativa é importante para oferecer um tratamento mais eficaz e abrangente para problemas de saúde mental.
Ressaltamos que o sucesso no tratamento de doenças mentais é multifatorial e envolve uma abordagem integrativa, combinando a nutrição com outras intervenções médicas e psicológicas, conforme necessário.
A importância da alimentação na prevenção e tratamento de doenças mentais
A alimentação é um fator importante na prevenção e tratamento de doenças mentais. Uma alimentação saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver transtornos mentais, a melhorar o curso das doenças e a amenizar os sintomas.
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Alimentação e saúde mental: uma relação cada vez mais reconhecida
Nos últimos anos, a relação entre alimentação e saúde mental tem sido cada vez mais reconhecida pela ciência. Estudos têm demonstrado que uma alimentação saudável pode desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento de doenças mentais.
Alguns nutrientes desempenham um papel preventivo em distúrbios mentais, destacando-se:
Ácidos graxos ômega-3: presentes em peixes, como salmão, sardinha e atum, os ácidos graxos ômega-3 têm sido associados à redução do risco de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais;
Vitaminas do complexo B: presentes em alimentos como carnes, vegetais de folhas verdes e grãos integrais, as vitaminas do complexo B são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso central. A deficiência dessas vitaminas pode estar associada a sintomas como fadiga, irritabilidade e depressão;
Zinco: presente em alimentos como carnes, frutos do mar, sementes e nozes, o zinco é importante para o desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central. A deficiência de zinco pode estar associada a sintomas como alterações de humor, ansiedade e depressão.
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Contribuição dos profissionais de neuropsiconutrição
Os profissionais de neuropsiconutrição desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental por meio da alimentação. Esses profissionais podem identificar nutrientes e dietas que podem auxiliar na prevenção de distúrbios mentais, além de orientar as pessoas sobre como melhorar sua alimentação.
Importância da especialização em neuropsiconutrição
Na busca por abordagens inovadoras na saúde, profissionais da área, como nutricionistas e nutrólogos, encontram na especialização em neuropsiconutrição um caminho promissor.
É uma escolha de vanguarda para aqueles que buscam não apenas uma diferenciação profissional, mas a habilidade de oferecer tratamentos eficazes e abrangentes para os desafios complexos ligados à saúde mental.
Ao se especializarem, esses profissionais adquirem o conhecimento essencial para aplicar protocolos nutricionais específicos, que não só corrigem deficiências nutricionais, mas também se tornam ferramentas estratégicas para otimizar a saúde mental dos pacientes.
Neste campo em constante evolução, a expertise adquirida se traduz em soluções alimentares que não apenas nutrem o corpo, mas também alimentam a mente, promovendo um equilíbrio fundamental para o bem-estar integral.
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Pós-graduação em Neuropsiconutrição da Plenitude Educação
A Plenitude Educação oferece a pós-graduação em Neuropsiconutrição, uma especialização lato sensu inovadora que capacita profissionais para atuar na promoção e recuperação da saúde mental por meio da alimentação.
Nossa pós foi elaborada para nutricionistas e demais profissionais da área da saúde, como médicos, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, entre outros, interessados em aprender sobre as interações entre a nutrição/alimentação, a função cerebral e a saúde mental a fim de aprimorar seus conhecimentos e habilidades.
O curso oferece uma base sólida em teoria e prática para profissionais da área da saúde que queiram aprender sobre como prevenir, tratar ou reduzir os sintomas de transtornos de humor, transtornos do neurodesenvolvimento, doenças neurodegenerativas e transtornos psiquiátricos, além de aprender sobre neurociência do comportamento e nutrição comportamental.
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