Por Carla Nogueira
Jornalista – MTb 41.101/SP
A seletividade alimentar infantil é um fenômeno observado globalmente, impactando crianças em diversas faixas etárias e contextos sociais. Compreender suas causas e adotar estratégias eficazes para lidar com ela é essencial para cultivar hábitos alimentares saudáveis desde a infância.
Após falarmos sobre comportamento alimentar, darmos dicas para uma alimentação mais saudável e destacarmos a importância do papel do nutricionista materno-infantil na saúde de mães e bebês, é hora de abordarmos a questão da seletividade alimentar infantil.
Neste artigo, mostraremos alguns dos motivos por trás da seletividade alimentar, forneceremos orientações práticas e abordaremos sobre a importância de um ambiente alimentar positivo em casa.
Diferença entre seletividade alimentar infantil e preferência alimentar
É fundamental compreender a diferença entre seletividade alimentar infantil e preferência alimentar para abordar adequadamente os hábitos alimentares das crianças.
Seletividade alimentar infantil
Refere-se à tendência de uma criança em recusar certos alimentos, muitas vezes sem uma razão aparente. Isso pode incluir evitar categorias inteiras de alimentos, texturas específicas ou cores. A seletividade alimentar pode ser resultado de diversos fatores, como sensibilidades sensoriais, experiências anteriores negativas com alimentos, questões emocionais ou até mesmo predisposições genéticas.
Preferência alimentar
Por outro lado, a preferência alimentar é quando uma criança gosta mais de alguns tipos de alimentos do que de outros. Isso pode estar relacionado ao sabor, à textura, à familiaridade ou até mesmo a associações emocionais positivas com determinados alimentos. As preferências alimentares podem variar amplamente de uma criança para outra e podem mudar ao longo do tempo com base em experiências e exposição contínua a diferentes alimentos.
Ao reconhecer a diferença entre seletividade alimentar infantil e preferência alimentar, os profissionais da saúde, pais e cuidadores podem adotar estratégias específicas para promover uma alimentação saudável e variada, incentivando a experimentação e a aceitação de uma ampla gama de alimentos.
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Algumas causas da seletividade alimentar infantil
A seletividade alimentar em crianças pode ter diversas origens, como fatores genéticos, influências ambientais, experiências prévias com alimentos e características individuais, entre outros. Estudos indicam que sensibilidades a determinados sabores e texturas, imitação de comportamentos dos pais e até mesmo questões emocionais desempenham papéis significativos na seletividade alimentar infantil.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), aproximadamente 20% das crianças brasileiras demonstram algum grau de seletividade alimentar, sendo mais comum entre os 2 e 6 anos de idade. É importante destacar que essa seletividade pode persistir na adolescência e na vida adulta se não for devidamente abordada.
Estratégias para lidar com crianças seletivas
Para lidar com a seletividade alimentar em crianças, é importante adotar abordagens que promovam uma relação saudável com a comida e incentivem a exploração de novos sabores e alimentos. Aqui estão algumas estratégias úteis:
- Apresente variedade: ofereça uma variedade de alimentos saudáveis em cada refeição, incluindo frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios;
- Seja persistente, mas paciente: não desista de oferecer alimentos que a criança rejeitou inicialmente. estudos mostram que podem ser necessárias várias exposições a um novo alimento antes que uma criança o aceite;
- Envolver as crianças na preparação das refeições: permita que as crianças ajudem a preparar as refeições, envolvendo-as no processo de escolha e preparação dos alimentos. isso pode aumentar sua disposição para experimentar novos alimentos;
- Crie um ambiente positivo em torno das refeições: evite pressionar ou forçar a criança a comer. em vez disso, crie um ambiente tranquilo e positivo durante as refeições, onde a ênfase esteja no prazer de comer e na convivência familiar;
- Seja um modelo a seguir: os pais e cuidadores desempenham um papel crucial como modelos de comportamento alimentar. consumir uma variedade de alimentos saudáveis e demonstrar uma atitude positiva em relação à comida pode influenciar positivamente as escolhas alimentares das crianças.
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Seletividade alimentar infantil: quando procurar ajuda profissional?
A seletividade alimentar infantil é uma preocupação frequente para pais e cuidadores, especialmente quando os hábitos alimentares das crianças parecem diferentes ou limitados em comparação com seus pares. Mas quando exatamente é o momento certo para buscar ajuda profissional?
Primeiramente, é importante reconhecer que a seletividade alimentar pode ser uma fase normal do desenvolvimento infantil. Muitas crianças passam por períodos em que são seletivas em relação aos alimentos que consomem, e isso geralmente não é motivo de alarme. No entanto, existem situações em que a seletividade alimentar pode ser mais preocupante.
Se a seletividade alimentar persistir por um longo período e começar a interferir no crescimento, no desenvolvimento ou na saúde geral da criança, é aconselhável buscar orientação profissional. Isso inclui situações em que a criança apresenta sinais de deficiências nutricionais, perda de peso inexplicável, falta de energia ou problemas de saúde relacionados à alimentação.
Além disso, se a seletividade alimentar estiver causando estresse significativo para a criança ou para a família, ou se estiver afetando negativamente as interações sociais e a qualidade de vida da criança, é hora de considerar a consulta a um profissional da saúde.
Em resumo, é importante estar atento aos sinais que indicam que a seletividade alimentar pode ser mais do que apenas uma fase passageira. Saber quando procurar ajuda profissional pode fazer toda a diferença no bem-estar e na saúde da criança a longo prazo.
A importância da consulta a especialistas
É fundamental ressaltar que a seletividade alimentar em crianças pode ser um sinal de alerta para condições de saúde subjacentes, como o Transtorno do Espectro Autista. Portanto, é essencial que os pais e cuidadores estejam atentos aos padrões alimentares de seus filhos e busquem orientação profissional quando necessário.
Profissionais da área da saúde, como pediatras, nutricionistas e psicólogos, desempenham um papel essencial na identificação e no manejo da seletividade alimentar infantil. Além de oferecer orientações sobre estratégias alimentares saudáveis, esses profissionais podem avaliar se a seletividade alimentar está associada a condições médicas ou comportamentais que requerem intervenção especializada.
Caso não seja abordada adequadamente, a seletividade alimentar pode ter um impacto negativo no crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida da criança. Portanto, ao identificar padrões alimentares preocupantes ou persistentes, os pais devem buscar avaliação e suporte profissional para garantir o bem-estar físico e emocional de seus filhos.
A seletividade alimentar, quando não abordada adequadamente, pode impactar negativamente o crescimento, o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança. Portanto, ao identificar padrões alimentares preocupantes ou persistentes, os pais devem buscar avaliação e suporte profissional para garantir o bem-estar físico e emocional de seus filhos.
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A relevância da especialização profissional
Os profissionais da área da saúde, como nutricionistas, pediatras e psicólogos, desempenham um papel importante na promoção de hábitos alimentares saudáveis e no manejo da seletividade alimentar infantil. Investir em educação continuada e especialização permite que esses profissionais ofereçam orientações individualizadas e baseadas em evidências para ajudar as famílias a lidarem com os desafios relacionados à alimentação infantil.
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A pós-graduação em Terapia Alimentar da Plenitude Educação é a oportunidade para profissionais da saúde aprimorarem suas habilidades. Com uma abordagem holística, a especialização abrange aspectos orgânicos, clínicos e comportamentais da terapia alimentar, preenchendo lacunas essenciais no campo, como a seletividade alimentar.
Ao longo de 18 meses e 18 módulos, os alunos aprendem mais que a terapia alimentar convencional, mas também as causas orgânicas dos distúrbios alimentares, entre outros conteúdos relevantes. O programa capacita os profissionais para atender uma variedade de pacientes, incluindo aqueles com necessidades neurotípicas e neuroatípicas, e os prepara para trabalhar em equipe multidisciplinar, colaborando com outros especialistas.
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