Por Carla Nogueira
Jornalista – MTb 41.101/SP
Assim como já falamos acerca de neurologia integrativa, psiquiatria nutricional e do estilo de vida, medicina ayuvédica e reprogramação epigenética, agora chegou a vez de abordar o tema medicina integrativa.
O que é medicina integrativa?
A Medicina Integrativa é uma abordagem de saúde que enxerga o paciente como um ser integral, contemplando seus aspectos físicos, mentais, emocionais e espirituais. Ela busca promover a saúde e o bem-estar por meio de uma combinação de abordagens e tratamentos convencionais e complementares.
A medicina integrativa vem chamando a atenção para uma forma de cuidado que tem se tornado referência na promoção de cuidados, abordagens, tratamentos e uma assistência mais efetivos e com foco na humanização e acolhimento.
A importância de integrar abordagens e tratamentos complementares na prática médica é cada vez mais reconhecida em todo o mundo. Estudos mostram que essas práticas podem ser eficazes no tratamento de uma variedade de condições de saúde, além de promover uma maior qualidade de vida.
Dia da medicina integrativa
O Dia Internacional da Medicina Integrativa é celebrado anualmente em 23 de janeiro. A data foi criada para promover a conscientização sobre os benefícios da medicina integrativa e incentivar a sua adoção por profissionais de saúde e pacientes.
Neste dia, são realizados eventos e iniciativas em todo o mundo para celebrar a medicina integrativa e seus praticantes. No Brasil, por exemplo, são organizados workshops, palestras e cursos sobre o tema, entre outras atividades.
Origens da medicina integrativa
As origens da medicina integrativa remontam ao início do século XX, quando o médico americano Andrew Weil começou a promover uma abordagem holística da saúde. Weil acreditava que a medicina tradicional, focada no tratamento de doenças, não era suficiente para promover a saúde e o bem-estar.
A partir da década de 1970, a medicina integrativa começou a ganhar popularidade nos Estados Unidos e em outros países.
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Medicina integrativa no mundo e no Brasil
A Medicina Integrativa é uma abordagem cada vez mais adotada em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos países têm políticas públicas que apoiam o uso de práticas integrativas.
Ministério da Saúde, SUS e Práticas Integrativas Complementares
No Brasil, a Medicina Integrativa também vem ganhando espaço e o Ministério da Saúde reconhece a importância das práticas integrativas e complementares.
No dia 3 de maio de 2006 foi instituída a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) através da Portaria GM/MS nº 9.712, a fim de fortalecer a atenção primária à saúde e promover a saúde integral da população.
Em 1º de abril de 2013, o Ministério lançou o Programa de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS) através da Portaria nº 529.
O que são as Práticas Integrativas e Complementares (PICS)?
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são abordagens terapêuticas que têm como objetivo promover a saúde integral do indivíduo, atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde. As PICS são baseadas em conhecimentos tradicionais, e utilizam recursos terapêuticos naturais, como plantas medicinais, massagens, acupuntura, homeopatia, yoga, meditação, entre outros.
As PICS são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte da Medicina Tradicional e Complementar (MTC), que engloba diversas formas de cuidado à saúde que existem há milhares de anos em diferentes culturas e regiões do mundo.
O Programa oferece acesso gratuito às PICS para toda a população brasileira. Ele inclui mais de 20 PICS, que são oferecidas em unidades básicas de saúde, hospitais, centros de atenção psicossocial e outros serviços do SUS.
Dados e estatísticas
Um estudo publicado em 2022 pelo Instituto de Pesquisa de Mercado Mindset mostrou que 55% dos brasileiros já utilizaram alguma prática integrativa. A pesquisa também mostrou que 74% dos brasileiros acreditam que as práticas integrativas podem ser eficazes no tratamento de doenças.
Outro estudo, publicado em 2021 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que a acupuntura é eficaz no tratamento da dor crônica. A pesquisa mostrou que os pacientes que receberam acupuntura apresentaram uma redução significativa na intensidade da dor e na necessidade de uso de medicamentos analgésicos.
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Como os profissionais da área da saúde podem incluir a medicina integrativa em suas práticas clínicas e profissionais
A medicina integrativa é uma abordagem promissora que pode oferecer benefícios significativos para os pacientes e profissionais de saúde.
Para os pacientes, a medicina integrativa pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais, por exemplo.
Para os profissionais de saúde, a medicina integrativa pode ajudá-los a oferecer abordagens mais abrangentes e eficazes do cuidado aos pacientes, olhando além das doenças, entre muitos outros benefícios.
Existem diversas estratégias que os profissionais de saúde podem adotar para incorporar a Medicina Integrativa na prática clínica e profissional.
Confira algumas estratégias da medicina integrativa que podem ser adotadas:
1. Adquira conhecimentos e habilidades
Profissionais de saúde interessados em incorporar a medicina integrativa em suas práticas devem buscar aquisição de conhecimentos e habilidades relacionadas às práticas integrativas e complementares. Isso pode ser efetuado por meio de cursos, especializações e treinamentos disponíveis na área. Essas especializações proporcionam aos profissionais as competências e o conhecimento essenciais para oferecer práticas integrativas aos pacientes.
2. Mantenha-se sempre informado
Realize uma pesquisa abrangente sobre as práticas integrativas e complementares atualmente disponíveis. Estabeleça diálogo com outros profissionais de saúde que já atuam na área da medicina integrativa para ampliar seus conhecimentos e compartilhar experiências.
3. Ofereça informações aos pacientes
Forneça aos pacientes informações detalhadas sobre as práticas integrativas e complementares disponíveis. Essa comunicação pode ocorrer durante as consultas, bem como por meio de palestras, workshops, distribuição de folhetos informativos e outros materiais educativos. Além disso, é importante abordar os benefícios, riscos e contraindicações das práticas integrativas e complementares ao oferecer essas informações aos pacientes.
4. Realize uma avaliação integrativa
Ao conduzir uma avaliação integrativa do paciente, o profissional de saúde leva em conta seus aspectos físicos, mentais, emocionais e espirituais. Essa abordagem possibilita que o profissional identifique as causas subjacentes da doença e/ou condição do paciente, permitindo a oferta de cuidados e tratamentos mais eficazes e abrangentes. Opte por realizar uma avaliação holística do paciente, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também os mentais, emocionais e espirituais.
5. Inicie com pequenas mudanças
Não tente incorporar todas as práticas integrativas de uma vez só. Comece com uma ou duas que você acredita que podem ser mais benéficas para seus pacientes;
6. Conhecimento e confiança
Concentre-se em práticas integrativas que você conhece e confia. Se você não está familiarizado com uma prática integrativa específica, faça sua pesquisa antes de oferecê-la aos seus pacientes;
7. Respeite seus limites
Seja honesto com seus pacientes sobre seus limites. Se você não tem experiência em uma determinada prática integrativa, indique-os a um profissional qualificado;
8. Trabalhe em equipe
A medicina integrativa é uma abordagem colaborativa que requer o trabalho em equipe de profissionais de diferentes áreas da saúde. Os profissionais de saúde podem trabalhar juntos para desenvolver planos de tratamento que sejam personalizados para cada paciente;
9. Esteja aberto a feedback
Peça aos seus pacientes feedback sobre suas experiências com as práticas integrativas. Isso o ajudará a melhorar sua abordagem.
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Especializações em medicina integrativa na Plenitude Educação: uma abordagem inovadora
A Plenitude Educação é uma instituição de ensino que oferece pós-graduações em nutrição, medicina e saúde com o principal objetivo de formar profissionais capazes de lidar com a complexidade da saúde e do ser humano. Para isso, estes cursos de especialização lato sensu têm abordagem integrativa, funcional e humanizada, adaptando-se às demandas contemporâneas, especialmente no contexto atual.
A instituição conta com um corpo docente composto por profissionais de renome em suas áreas de atuação, proporcionando aos alunos uma experiência educacional enriquecedora.
O conteúdo programático das especializações é cuidadosamente elaborado para refletir as mais recentes tendências e avanços na área da saúde. O compromisso com a inovação se estende aos grupos de estudos, que exploram temas diferenciados e abrangentes, oferecendo aos alunos a chance de aprofundar seus conhecimentos.
As pós-graduações oferecidas pela instituição são verdadeiramente de vanguarda, preparando os profissionais de saúde para enfrentar os desafios contemporâneos e integrar práticas inovadoras em seus campos de atuação