A creatina é uma molécula produzida no corpo, principalmente no fígado, a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina e caracteriza-se por ser um dos suplementos mais bem pesquisados e eficazes.
Apesar de sua grande popularidade no meio esportivo, proporcionando aumento indireto da massa muscular magra, força e capacidade de exercício, seu uso no aspecto clínico também é de extrema relevância – principalmente quando aplicado na saúde feminina.
Como consumir
Você já entendeu que a creatina é importante para a saúde da mulher, mas será que sabe como consumir no dia a dia? A gente te conta.
O fosfato de creatina, também denominada de fosfocreatina, funciona como um reservatório de fosfato, sendo encontrado em grande quantidade nos músculos esqueléticos e no coração. Em lojas de suplemento você encontraria essa composição como “creatina monohidratada”.
Porém, dentre as fontes alimentares e naturais de creatina, destacam-se a carne, aves e peixes. Entre eles, podemos destacar o arenque, atum, frango, carne vermelha, porco, salmão e o bacalhau.
Como usar
Creatina na gravidez
Você já deve ter ouvido falar que os níveis de creatina diminuem durante a gravidez, né? Isso ocorre porque durante a gestação, desde a primeira semana de gravidez, existe um aumento da demanda metabólica devido ao crescimento e desenvolvimento do feto algo que leva a um pool reduzido de creatina. Afinal, é através de conhecimentos do período materno-infantil que poderemos cuidar de quem nós amamos.
Até o momento, as pesquisas são limitadas apenas em roedores, entretanto, demonstra-se que a suplementação de creatina durante a gravidez é capaz de reduzir, por exemplo, a lesão cerebral induzida pela asfixia intraparto.
Embora não tenha sido avaliado o efeito em humanos, a suplementação de creatina durante a gravidez pode fornecer uma estratégia nutricional segura e de baixo custo para reduzir as complicações intra e pós-parto associada à depleção de energia celular.
Uso da creatina na pré menopausa
A tão temida menopausa ocorre geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade (ou antes, a “menopausa precoce”) e é marcada pelo hipoestrogenismo, ocorrendo a diminuição da massa óssea e proporcionando fragilidade esquelética, diminuindo a resistência do osso, além da perda gradual e generalizada de massa muscular e força relacionada à senescência, denominada sarcopenia.
Diante desse cenário, existem duas intervenções necessárias e que devem ser incentivadas: exercício físico e alimentação.
Uso da creatina na pós menopausa
Além disso, a creatina também pode atuar no período seguinte à menopausa. É através de uma suplementação de creatina que podemos observar o aumento do tamanho da fibra muscular – fator correlacionado ao aumento do teor de água nas células musculares.
Em situações que o exercício de força também esteja acontecendo, ocorre maior benefício no aumento da massa corporal, força máxima, aumento da capacidade de elevação de peso, aumento da massa livre de gordura e aumento das proteínas mio fibrilares como supracitado.
Sendo assim, a suplementação de creatina pode ser uma ótima aliada nos mecanismos naturais decorrentes da idade e todo o contexto hormonal da menopausa.
Suplementação de Creatina, sempre
Em conclusão, é visto que a segurança da creatina já foi investigada por inúmeros autores, sendo o único efeito colateral relatado é o ganho de peso porque o mesmo exerce impacto na massa livre de gordura (MLG).
Dessa forma, é possível perceber os motivos pelos quais a prescrição de creatina por parte de profissionais da saúde vem ganhando cada vez mais atenção.
De todo modo, a prescrição deve vir acompanhada de uma boa anamnese e de um acompanhamento individualizado, mas o corpo científico hoje suporta que cada vez mais pessoas tendem a se beneficiar do consumo crônico da creatina.
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